Para Aristóteles a memória é o passado e, para Tzvetan Todorov, o milénio sente obsessão por um novo culto à memória. Neste sentido, reuniremos para debater o diálogo que surge nos tempos modernos sobre este tema e que faz emergir configurações culturais particulares do fenómeno mnemónico, figuras em crise cujo vínculo com o passado persiste no presente através de possibilidades de conceptualização abertas pela poética da crise. O desespero do que desaparece, a impotência para acumular a recordação e arquivar a memória, o excesso de presença de um passado que não deixa de tocar o presente, a incapacidade de esquecer e a impotência para se recordar, com o tempo, do acontecimento, segundo Ricoeur. Enquanto, para Carlos Fuentes, o que o Novo Mundo tinha para oferecer era uma vasta geografia, não uma história feliz: um futuro, não um passado. Assim, o CEISAL, a Universidade Fernando Pessoa e o Núcleo de Estudos Latino- Americanos, convidam a que participem neste congresso a realizar de 12 a 15 de Junho de 2013, para interpretar os factos nos diferentes campos das ciências sociais. Neste percurso, observaremos a construção histórica e a identidade latino-americana no século XXI, promovendo uma maior auto-reflexão e facilitando diálogos transdisciplinares. Nesse sentido, abrem-se as propostas para os simpósios, entre 20 de julho de 2011 e 30 de maio de 2012, como ponto de encontro entre disciplinas, campos, teorias e métodos. |